Bruges

A nossa viagem para Bruges foi meio confusa. Colocamos o despertador errado e acordamos 1 hora mais tarde do que tínhamos previsto, quando chegamos na estação o trem que iríamos pegar estava atrasado 1 hora... encontramos com um casal de paulistas que estavam fazendo um mochilão e acabamos conhecendo a cidade toda com eles.
Em Bruges vale a pena entrar na Begijnhof, uma instituição católica que acolhe mulheres solteiras. São várias casinhas brancas organizadas em volta de um jardim, super bonitinho. Quando nós fomos estava tudo mais branco ainda por causa da neve.

Tem duas Igrejas que vale à pena ir: uma é a Basílica do Santo Sangue, onde tem um vidrinho que dizem conter o sangue de Jesus. Nessa acabamos não indo porque não deu tempo, com atraso do trem acabamos chegando muito tarde na cidade. A outra Igreja é a Notre-Dame onde tem uma estátua feita por Michelangelo, a 'Madone de Bruges'.

'Madona de Bruges' na Igreja Notre-Dame de Bruges.

Dentro da Notre-Dame de Bruges.

A cidade é cheia de riozinhos que a corta formando um visual super romântico. E tem várias casinhas super bonitinhas que completam o visual da cidade.

Mas o ponto alto de Bruges é sem dúvida a sua famosa Praça do Mercado, imponente com o prédio da Prefeitura e a Torre Halletoren com 88 metros de altura. Quando fomos não conseguimos subir na torre porque estava tendo um evento de cervejas... acho que foi mais sorte do que azar, com 10 euros ganhamos um copo e provamos 5 cervejas diferentes!

 

O Evento com várias cervejas Belgas... e vários bêbados também.

E para fechar a visita à cidade uma das comidas preferidas dos Belgas: Batata frita. Hum...

Apartamento de estudante

Não são todos que possuem tino comercial... e se tratando de franceses a quantidade é menor ainda. Os franceses realmente podiam aprender com os árabes e chineses que vivem no país como fazer negócio, porque eles são muito ruins... Deviam dar nas faculdades aulas de 'Técnica de Negociação', povo mais ruim de roda...
Nossa cama quebrou, quer dizer o sofá-cama velho e horrível que a gente dorme (o apartamento de estudante é alugado já com os móveis). Eu fiquei torcendo para que não tivesse conserto e o proprietário tivesse que trocar mas o técnico veio aqui e falou que conseguia consertar, quer dizer, consertar não... ele deu o famoso 'jeitinho' prendendo as partes que estavam soltas e nós ainda tivemos que pagar 20 euros.
O fato é que tentei conversar com a responsável para tirar esse sofá-cama daqui... porque ele é muito desconfortável para dormir todos os dias, eu nem me importaria de comprar a cama, eu só precisava que eles tirassem o que estava aqui em casa para colocarmos um descente no lugar. Nada feito, eles não tem onde guardar o sofá-cama... Essa história toda me deixou meio P da vida e eu já estou incomodada com algumas coisas aqui do prédio, agora eles correm o risco de ficar sem o proprietário... porque estamos procurando outro lugar para ficar. Pode ser que a gente ache ou pode ser que não, mas com essa besteira eles correm o risco de deixarem de ganhar 1 ano à mais de aluguel nosso. Tudo bem, é bem provável que achem outro locatário, mas é sempre um risco e nós somos bons locatário, limpos, pagamos em dia... Eu realmente não entendo essa lógica, não entendo mesmo, só porque sabe que é bem provável que não fiquem vazios fazem um trabalho porco... deixando a pessoa que está hoje no apartamento insatisfeita. Mas isso, infelizmente, eu não vi só aqui na França não, já vi muitas vezes no Brasil também.

Le Tableau (O quadro) - o filme

 

Há duas semanas vimos um filme que gostei bastante. Um filme que fazia parte de um evento de filmes de animação que teve aqui na cidade (www.oncartoondanslegrandlyon.fr). No evento tinha vários filmes de animação europeus, mas acabamos indo ver só esse porque não conseguimos nos organizar para ver os outros.
O filme 'Le tableau' (O quadro) de Jean-François Laguionie é simplesmente lindo. Não só com relação ao desenho que realmente parece um quadro, uma aquarela, como também com relação à história que é de uma sensibilidade tremenda. A história se passa dentro de um quadro e mostra a segregação que os personagens inacabados sofrem perante os personagens acabados que vivem em um castelo.  Por causa disso, alguns personagens decidem ir à procura do pintor do quadro para acabar os personagens inacabados e aí se desenrola toda a história. Eles não acham o pintor, mas eles acabam percebendo que eles mesmos poderiam se pintar, e melhor ainda, que eles podiam se pintar do jeito que eles tivessem vontade. Ou seja, que eles poderiam ser quem eles quisessem ser.
O filme tem várias sutilezas como, por exemplo, quando no final a personagem principal finalmente acha o pintor e pergunta para ele: Se você me pintou... quem pintou você? Fazendo uma alusão ao que todos nós gostaríamos de saber (ou quase todos): dá onde viemos... Se tiver curiosidade pode ver a chamada do filme no site do mesmo: www.letableau-lefilm.fr.
O Jean-François Languionie tem outros filmes de curta e longa metragem em animação. Eu vi um curta na internet que eu adorei também, se chama 'La traversée de l'Atlantique à la rame' (A travessia do atlântico à remo). Lindo, lindo, lindo... fala sobre a vida à dois de um casal que ficou 17 anos no mar para atravessar o atlântico, a meu ver ele faz um paralelo com a vida de casado. Você pode ver esse curta nesse link. Só que é em francês...
Quis escrever sobre o filme e o autor porque fiquei pensando quantos filmes bons não vemos... Quantos não chegam às bilheterias dando espaço para os filmes vazios e superficiais que possuem mais dinheiro para serem promovidos. Le tableau, por exemplo, não está previsto dublagem, só legenda para algumas poucas línguas.