segunda-feira, 18 de junho de 2012

Lisboa - Lisbonne

Não entendo o porquê de alguns brasileiros não quererem conhecer Portugal. Eu já tinha ido a Lisboa quando tinha 12 anos, mas no final de semana passado redescobri a cidade e adorei! Concordo que não é a capital mais limpa e bem-conservada do mundo, mas aqueles prédios com azulejos (mesmo com alguns quebrados) tem um grande charme. Na cidade tive uma estranha sensação familiar, essa sensação não era somente por causa da língua falada. Visitar Lisboa é como se você tivesse visitando Paraty (cidade perto do Rio de Janeiro) se a cidade tivesse crescido bastante. E tem mais, come-se bem por um preço bem acessível, com 10 euros dá para almoçar muito bem: sardinhas, alheiras, picanha, cordeiro, bacalhau... hum... Prefira sempre aqueles restaurantes com ar de antigo, cujo dono ainda serve os fregueses e as paredes são ladrilhadas de azulejos azuis e amarelos. Esses são os melhores! Como em todas as cidades, fuja dos restaurantes turísticos com aqueles cartazes mostrando o prato feito geralmente acompanhado de batata frita.
Não é só a comida e os doces portugueses que Lisboa tem a nos oferecer. Se for à cidade não deixe de visitar a região de Belém com todos os seus atrativos: Mosteiro do Jerônimo, Torre de Belém, Monumento do descobrimento e, é claro, os verdadeiros Pastéis de Belém. O Mosteiro é lindo. Com seu claustro todo trabalhado em pedra ele me conquistou. E se você é como eu que gosta de tirar fotos com as lápides de defuntos conhecidos não deixe de ir à igreja do mosteiro onde pode ver a lápide de Camões e Vasco da Gama (meu marido vascaíno adorou).

Mosteiros dos Jerônimos.

Vasco da Gama.

Cláutro Mosteiro dos Jerônimos.

Refeitório Mosteiro dos Jerônimos.

A entrada do mosteiro pode ser comprada com a entrada para a Torre de Belém, assim conseguimos salvar um dinheirinho, e eu gostei de ter subido na torre. A Torre, assim como o mosteiro, é toda feita no estilo manuelino bem característico de Portugal, com motivos náuticos trabalhados em pedra. O monumento do descobrimento é interessante pela sua grandeza e pelo mapa mundo que se encontra bem em frente à ele, mas não supera a torre e o mosteiro. E, finalmente, é imperativo parar para comer quantos Pastéis de Belém conseguir comer e carregar quantos conseguir carregar. Igual à esse você nunca comerá outro. Primeiro porque o segredo de fabricação dele é guardado à sete chaves e segundo porque eu tentei achar... e não consegui achar um igual em Lisboa. Crocância, leveza e o sabor de baunilha dentro é simplesmente indescritível! Só indo lá para provar. www.pasteisdebelem.pt

Torre de Belém.

Torre de Belém por dentro.

Monumento do Descobrimento, mas pode ser chamado de Empurra, empurra.

Parte do mapa que se encontra aos pés do Monumento do Descobrimento.

Vista de fora do Pastéis de Belém.

Pastéis de Belém, desde 1837.

Desinformando os pastéis.

Os verdadeiros Pastéis de Belém!

Essa pastelaria e a Confeitaria Nacional (Praça da Fiqueira) são dois lugares que aconselho passarem. Se gostarem de doces de ovos não deixem de provar o croquete de ovo da Confeitaria Nacional e já que estão lá, recomendo provar o pastel de nata (Pastel de Belém, mas só o de Belém pode ser chamado assim), que é muito bom também, apesar de não chegar perto dos verdadeiros Pastéis de Belém. www.confeitarianacional.com

Fachada da Confeitaria Nacional em Lisboa.

Confeitaria National em Lisboa.

Croquete de ovos, não é muito bonito, mas é uma delícia!

Andar pelo centro da cidade também é super gostoso. Ande pela Praça do Comércio, pela Rua Augusta, Praça Dom Pedro IV. Nessa praça não perca a edificação da estação ferroviária que é linda! E também não deixe de provar a Ginjinha, um licor super tradicional feito de cereja. Peça o shot com cerejas para prová-las também. O lugar é quase uma porta, mas fica lotado de gente. Depois você pode subir até a Praça do Carmo no chiado para ver a vista do Elevador de Santa Justa. A vista é linda e a estrutura do elevador é toda em ferro trabalhado, bem do estilo que eu adoro. Só não pegamos o elevador porque tínhamos que pagar 5 euros... achamos meio caro. Ainda no bairro do Chiado tem um café super conhecido porque era onde Fernando Pessoa gostava de tomar café: Café a Brasileira. Passar por lá e tirar uma foto com a estátua do poeta sentado em uma mesa é clássico de todas as viagens para Lisboa. O café foi inaugurado em 1905 e a parte interna é uma gracinha, além de ser mais barato comer dentro do que na parte de fora do café.

Praça do Comércio.

Rua Augusta.

Estação de trem, perto da Praça D João IV.

Onde encontrar a Ginjinha.

Elevador de Santa Justa.

Vista do elevador de Santa Justa, vale a pena.

A foto clássica com Fernando Pessoa no Café a Brasileira.

Interior do Café a Brasileira.

Nessa viagem também resolvi agradecer à Santo Antônio, o santo casamenteiro, pelo meu marido... rsrsrsrs. Como estávamos perto do dia do santo comprei pãezinhos para agradecer. A Igreja é muito bonita por dentro e vale a pena ser visitada. Ela fica perto de outro ponto turístico: a Igreja da Sé, a catedral da cidade. Um passeio que pode ser legal é pegar o bondinho 28, além de passa por alguns pontos turísticos da cidade é bem divertido andar de bonde, que também é uma marca da cidade. Parecem os bondinhos de Santa Tereza no Rio de Janeiro. Mas atenção, pois esse bonde não é circular, no ponto final você precisa saltar e pagar novamente a passagem, por isso talvez seja interessante pegar ele no ponto final e ir até o outro ponto final.

Eu e meus amigos mais que queridos em frente à Sé.

Dentro do bonde.



Um museu imperdível na cidade é o Museu do Azulejo. Não é muito freqüente nos guias turísticos, mas como amo azulejo resolvi passar no museu para dar uma olhada e me surpreende. O Museu fica instalado no antigo convento Madre de Deus, que começou a ser construído em 1458 pela Rainha D. Eleanora, irmã de D. Manuel. Depois disso o convento passou por várias reformas até se tornar o que é hoje. O que mais me surpreendeu foi a Igreja do convento, ela possui imagens em azulejos e vários trabalhos com folha de ouro, super bonita. Na igreja também estão expostos várias relíquias de santos, como ossos e crânios. Outro ponto alto do museu é a sala onde está exposto um quadro enorme de azulejos que mostra Lisboa antes do terremoto de 1755, que devastou a cidade. Tanto que várias construções são marcadas como antes ou depois do terremoto, pois ele foi realmente um marco para a cidade. mnazulejo.imc-ip.pt



Entrada do Museu dos Azulejos.

Igreja Madre de Deus, Museu dos azulejos.

Pátio interno, Museu dos Azulejos.

Museu dos Azulejos.

Azulejos, Museu dos Azulejos.

Museu dos Azulejos.

Museu dos Azulejos.

Quadro em azulejos de Lisboa antes do terromoto de 1755.

Lisboa também tem um dos maiores oceanários do mundo. Ele possui um aquário central que é enorme e se você chega bem perto dele parece que está dentro d'água. Os pingüins são uma gracinha, o mesmo para as lontras que parecem que estão olhando para você e fazendo charme, fofo demais. Quando for ao oceanário separe umas 2 horas para conseguir ver tudo com calma e ler todas as informações sobre os animais aquáticos que lá vivem.  www.oceanario.pt

Oceanário de Lisboa.

Árvores em frente ao Oceanário, parecem que tem olhos.

Pinguins do Oceanário.

A lontrinha... fofa!

O grande aquário do Oceanário.

E por fim, para ter uma boa vista da cidade passei pelo castelo de São Jorge. Além da vista, o próprio forte é lindo. Foi construído em 4 a.C e, como é feito todo em pedra, sobreviveu ao terremoto de 1755. Não fique com preguiça de passear pelos caminhos em cima da muralha, pois vale a pena as calorias gastas na subida das escadas. www.castelodesaojorge.pt

Urinol... rsrsrs.

Praça do Castelo de São Jorge.

Vista do Castelo de São Jorge.

Castelo de São Jorge.

Castelo de São Jorge.

Castelo de São Jorge.

Castelo de São Jorge.

Tenho que confessar que depois dessa visita a Lisboa fiquei com ainda mais vontade de fazer uma vigem só por Portugal. Parando em várias cidades, aproveitando os doces e comidas portugueses e com a facilidade de falar a mesma língua do local.

Carlinha e Thi, Adorei nossa viagem! Amei ver vocês... meus pedacinhos de casa!

Eu, João, Carlinha e Thi.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Conserto de computador em Lyon



Morar em outro país faz com que tarefas simples se tornem não tão simples assim... Na minha opinião esse é o ponto mais incômodo de morar fora. Há algumas semanas meu computador estava reclamando um pouco, desligava sozinho, ficava super quente e parecia que ia decolar de tanto barulho que fazia. Eu estava ignorando um pouco, mas o aquecimento foi ficando super freqüente e ele desligava sozinho pelo menos uma vez ao dia. Comecei a ficar preocupada de parar de vez e fui procurar alguma loja que consertasse computadores. Pedi para o João perguntar para os professores do Doutorado, nada. Ele perguntou também no estágio, nada, ninguém tinha nenhuma loja para indicar. Será que os franceses não consertam computadores? Meu último recurso foi tentar a sorte no 'pai de todos', o Google. Fiquei um pouco receosa, mas esperar o meu computador queimar não era uma solução. Enfim, achei uma loja que compartilho aqui com vocês, espero que ajude alguém que esteja precisando. Faz uma semana que eles consertaram o meu computador e está funcionando em perfeito estado. É uma loja como qualquer outra de informática, cheia de partes de computadores pelo chão, um caos total, mas pelo menos resolveram o meu problema. Se fizer a avaliação do computador e não fizer o trabalho com eles você deve pagar 47 euros, como eu fiz com eles paguei 60 euros pela troca do meu ventilador que não estava funcionando direito, está aí a causa do aquecimento. O meu problema era simples de resolver, mas eles pareciam que sabiam o que estavam fazendo. A pessoa que atende é um português... mas ele só me falou isso depois de termos conversado durante uns bons minutos em francês... vai entender.

Segue os contatos da loja:
1 ter Rue Etienne Jayet (perto da linha do trem).
Tel: +33 0472809155
www.easyinfo.fr

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Robert Combas


Robert Combas é um artista francês, nascido aqui em Lyon, mas criado na cidade de Sète, uma cidade francesa banhada pelo mar mediterrâneo. Veio de uma família modesta, mas já na idade de 9 anos foi matriculado na escola de Belas Artes pelos seus pais, pois ele adorava desenhar. Desde então não parou mais. 
Fomos ver a exposição dele que está no Museu de Artes Contemporâneas aqui de Lyon e gostei bastante do que vi. É claro que ele é meio louco, como todo bom artista, mas ele tem algumas obras bem interessantes. São bem coloridas e super carregadas de informação o que permite olharmos inúmeras vezes e sempre vermos algo que não tínhamos notado antes. As obras tem uns traços de pichação. Ele hoje também participa de um grupo de música, que faz vídeos meio alternativos. Quando fomos na exposição ele estava fazendo uma performance em uma das salas que a gente só conseguia ver através de um vidro.
Uma coisa que achei intrigante é o poder marqueteiro dele. Ele tem livro, camisas, lenços, móveis e até jóias aonde ele imprime a sua arte e identidade. Fiquei apaixonada pelos lenços que estavam sendo vendidos na loja do museu... só não estava disposta a pagar 60 euros por eles... Segue algumas fotos da exposição, pena que nas imagens as cores não parecem tão brilhantes.
Para quem quiser conhecer melhor o artista entra no site dele: www.combas.com. A exposição no MAC de Lyon fica até dia 15 de julho.

O General De Gaulle, um rei e Napoleão.

A fazenda. As vacas de costas que parecem pernas de mulheres é o melhor (canto direito em cima).

Carta de amor em pintura.

Uma das salas do museu.

São Jorge matando o dragão.

Escultura.

Cavalo de Tróia.

Chaise longue.

A orquestra.