sábado, 24 de novembro de 2012

Clichê: ninguém escapa dele

Se o mundo fosse assim tão simples quanto os clichês a vida seria muito menos complicada... É claro que eu não gosto que a cultura brasileira seja resumida somente à samba, caipirinha e futebol, mas será que alguns clichês não são mesmo verdade? Eu, por exemplo, adoro carnaval e samba, caipirinha é um dos meus drinks favoritos, e sim, eu gosto de futebol e tenho blusas do meu time. Mas, e quando os clichês são pejorativos, o quê fazer com eles? 

Uma coisa que me alivia é que todas as culturas tem os seus clichês, sendo eles verdade ou não, bons ou ruins, e a cultura francesa também não está fora dessa. Os franceses não tomam banho, os franceses não trabalham (menos do que o resto do mundo, isso é verdade!), os vinhos franceses são os melhores do mundo (alguém já parou para contestar isso? E os vinhos italianos, chilenos, argentinos?). Enfim... aí vai uma música e um filmezinho bem divertido sobre os clichês franceses... alguns são verdade outros nem tanto...

Em inglês:

Em Francês:


A música de Pink Martini: Je ne veux pas travailler. E para quem quer conhecer a letra: http://www.lyricstime.com/pink-martini-je-ne-veux-pas-travailler-lyrics.html



Mas se quer conhecer um pouco da origem dos nossos clichês não deixe de assistir esse documentário, simplesmente fantástico! Olhar Estrangeiro, dirigido por Lucia Murat.



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A força de um abraço


Acreditem ou não, mas depois que comecei as aulas na faculdade aqui em Lyon as pessoas que eu tenho sentido mais falta são os meus amigos brasileiros. Sinto falta, principalmente, da liberdade que temos para nos tocarmos, abraçarmos, beijarmos, sem precisarmos de desculpa para isso. Agora que estou tendo contato com vários franceses pude verificar que os brasileiros são mesmo um povo tátil como eu sempre ouvi falar que nós éramos. O fato é que algumas coisas simplesmente precisam ser vividas para serem entendidas em vez de repetidas. Se eu não tivesse conhecido uma galera brasileira por aqui nem me lembraria mais quando foi a última vez que abracei um amigo. Aquele abraço intenso, sem duplas intenções, que só a boa amizade pode nos proporcionar. Aquela troca de energia sem cunho sexual que eu só me lembro vivenciar em duas situações: em um abraço apertado e em um mergulho no mar (talvez seja por isso que eu goste tanto do mar).

Isso me fez lembrar uma reportagem que vi uma vez na televisão sobre americanos que faziam aulas de abraços. Sim, eles pagavam uma aula para abraçar as outras pessoas, pessoas que eles nem conheciam. Vocês acharam isso tão triste quanto eu achei? Eles pagavam por uma coisa que nós, brasileiros, trocamos todos os dias, com prazer e de graça. Nós podemos falar várias coisas do Brasil, mas não podemos negar que a cultura brasileira é calorosa, é carinhosa, e isso faz com que todos nós sejamos um pouco mais felizes.

Quanto mais tempo aqui percebo que as diferenças de culturas podem ser sutis a olhos nus, mas imensas quando são vivenciadas. Pequenos detalhes que nem eram notados antes podem transformar da água para o vinho uma relação, uma experiência, uma emoção. Pequenos detalhes como um simples abraço.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Provence - algumas poucas cidades.

A França é realmente um país com muitas cidades a se descobrir... é uma pena que a maioria das pessoas só se interessem em conhecer Paris. Não que Paris não seja espetacular, mas a França é tão mais do que a capital! É possível ficar meses viajando por aqui sem ter visto tudo e olha que o país é do tamanho do nordeste brasileiro.
Pois bem, dessa vez fomos explorar um pouco a Provance, tínhamos somente 3 dias (como na viagem à Côte d'Azur) e nem preciso dizer que não conseguimos ver tudo que gostaríamos, né? Vou contar um pouco sobre as cidades por onde passamos.

Chateauneuf du Pape
Para quem não conhece essa é uma das regiões mais bem cotadas para vinho. Nessa região existem vários vinhedos. Na cidade também tem várias lojas onde pode experimentar e comprar vinhos. Para os amantes dessa bebida deliciosa esse é um passeio interessante.

Vinhedo na região.

A cidade Chateauneuf du Pape.

Chateauneuf du Pape.

Loja de vinhos.




Gordes

Essa simpática cidade medieval é perfeita para um passeio de domingo. Ela fica em uma colina onde é possível ver a vasta planície a sua volta. A pequena cidade está classificada como uma das mais belas da França. Não deixe de percorrer suas ruelas e entrar nas lojinhas de azeite no caminho.

Chegando em Gordes.

Gordes.

Gordes.

A porta é pequena ou ele é que é grande?

A praça principal.

Lojinha de azeites.

Carro antigo estacionado em Gordes.

Aix en Provence
Essa já é uma cidade um pouco maior do que as outras, com 145 mil habitantes (40 mil estudantes) essa é uma das cidades mais importantes da região de Provance. É conhecida por ser a cidade de nascimento de Paul Cézanne, um grande pintor impressionista francês. Gostei de visitar o Museu Granet, apesar de achar que ele teria mais obras de Cézanne (a cidade não tem dinheiro suficiente para comprar as obras mais caras do pintor). É um pequeno museu interessante com umas poucas obras de Cézanne, Picasso e outros artistas. Mas se você quer mesmo entrar um pouco na vida do artista visite o Atelier Cézanne. É o atelier onde ele trabalhou até sua morte, ainda está arrumado como ele deixou, com vários de seus objetos como o casaco que ele usava para pintar. É somente uma sala, mas para quem gosta do artista, é uma sala cheia de significado. Passear pelo centro e visitar as fontes da cidade velha também é interessante, as fontes são uma marca da cidade e estão espalhadas por toda parte.

Catedral da cidade.

Entrada do Museu Granet.

Cezanne.

Aix en Provence.

Aix en Provence.

Uma lojinha que poderia ser no Brasil.

Aix en Provence.

Aix en Provence e suas várias fontes.

Atelier de Paul Cezanne.

Atelier de Paul Cezanne.

Les Baux de Provence
Eu amei conhecer essa cidade. Ela também está classificada como uma das mais belas na França, assim como Gordes. Quando chegamos o sol estava se pondo e a luz que refletia nas paredes de pedra do antigo castelo era de um amarelo alaranjado lindo. O castelo parece que está cravado na pedra e de lá de cima dá para ver toda a planície em volta. O castelo é interessante porque tem vários pontos onde pode ler sobre a história do local.

Le Château des Baux.

Les Baux de Provence.

Les Baux de Provence.

Les Baux de Provence.

Les Baux en Provence.

Como era, como está.

O castelo da cidade.

A vista do castelo.

O pôr do sol em Baux.

Pont du Garde
A pont du garde é um aqueduto de 3 níveis que foi construído pelos romanos no século 1 a.C. Ele tinha como função trazer água de Uzès até Nimes. Quando eu cheguei no local, mal pude acreditar no que estava vendo. Na grandeza dessa edificação que possui mais de 2000 mil anos. O trabalho braçal e de engenharia que essa construção exige é simplesmente absurda. Se estiver passando por perto vale a pena conferir com os próprios olhos.

Pont du Garde

Pont du Garde


Pont du Garde.

Arles
Arles foi uma cidade romana super importante. Esse período da história ainda está bem vivo na cidade com a presença do anfiteatro, do teatro e da terma.  A cidade também é conhecida por ter abrigado Van Gogh (um dos meus pintores favoritos). Foi em Arles que seu estado mental se agravou e foi nessa cidade também que ele corta parte de sua orelha fora e é internado em um hospital psiquiátrico logo depois. Nesse período em que passou em Arles ele pintou vários quadros que eu adoro, entre eles o famoso Girassol.

Anfiteatro de Arles a noite.

Anfiteatro de Arles e seu arredor.

Dentro do anfiteatro.

A arena do anfiteatro.

Anfiteatro de Arles.

Teatro de Arles.

Teatro de Arles.

Arles.

Espaço Van Gogh, antigo hospital onde o pintor ficou hospitalizado.

O Café que Van Gogh frequentava e pintou em um quadro.

Está aí, um pouquinhos da Provance. Mas acredite, bem pouquinho, porque a quantidade de lugares para se conhecer só nessa região é inacreditável.